A
revolução visual está a velocidade da luz, actualmente não se sabe qual é o
limite da liberdade que o utilizador deve ter relativamente ao uso das novas
tecnologias para fazer filmagens e fotografias.
Os
Drones apareceram no cenário da técnica militar como uma alternativa aos voos
tripulados, o objectivo era evitar as baixas humanas nos casos de
reconhecimento ou mesmo de ataques contra alvos posicionados em zonas
protegidas.
Mas
as características dos Drones, nomeadamente por serem aparelhos com dimensões
minúsculas e adaptáveis para diversas actividades, levaram os especialistas,
maioritariamente jovens com menos de 25 anos de idade, a adaptarem os aparelhos
para novas actividades como filmagens, trabalhos de controlo ambiental,
fotografias a partir do alto, diversão e para o controlo e vigilância
domestica.
A
indústria dos Drones está em franco desenvolvimento nos Estados Unidos da
América e na Europa, na actualiade o debate deixou de ser sobre a sua utilidade,
mas sobretudo o controlo, regulamentação e os limites de uso uma vez que posto
no ar, numa altitude que só o utilizador pode controlar, as imagens recolhidas
não respeitam a privacidade das pessoas.
Os
profissionais utilizam essa nova facilidade tecnológica para o controlo nos
campos da agricultura, algumas empresas especializadas em entregas de
encomendas estão a investir nos Drones para ter uma maior eficiência e
eficácia. Os vídeos de família são feitos com pormenores que antes só os profissionais
da área conseguiam obter, os adolescentes também fazem uso dos Drones para
obter imagens dos jogos e não só.
A
polémica instalou-se quando alguns jovens confessaram que utilizam os Drones
para praticar o Voyeurismo ou seja,
as camaras instaladas nos Drones também servem para captar imagens que numa
situação normal ou tradicional nunca teriam acesso.
A
denominação de Drone traz uma carga militarizada porque os aparelhos foram
inventados para fins militares. Com vista a adaptar para a nova vaga de utilizadores
o nome foi mudado para veículo aéreo não tripulado.
No
futuro haverá no espeço aéreo vários Drones ou veículos aéreos não tripulados a
sobrevoar os céus e talvez se resolva alguns problemas de engarrafamentos que
as grandes cidades apresentam actualmente.
A
utilidade que se quer dar aos Drones afasta um pouco a ideia de aparelhos do
terror que os caracterizavam até a agora. Desde 2001 os EUA utilizam os Drones
para efectuar bombardeamentos no Afeganistão, Iraque e no Paquistão. Alguns
líderes religiosos islâmicos procederam várias orações a amaldiçoar os
criadores dos Drones pelos danos materiais e baixas humanas que têm causado
entre os fiéis e com a agravante de não se poder declarar uma Jhiad contra
esses aparelhos.
Há
uma grande expectiva relativamente ao futuro dos meios urbanos com a
massificação dos aparelhos aéreos não tripulados tanto pelos benefícios que
irão propulsionar como pelos incómodos ou inconvenientes que a utilização dos
mesmos trarão no futuro.
No
momento a maior preocupação com os Drones está relacionada com a utilização em
cenários de guerra. O maior problema é que, uma vez programados para bombardear
uma determinada área independentemente da existência dos alvos predeterminados
ou não, a missão é efectuada. Tal como acontece na maior parte dos conflitos
armados, as vítimas são quase todas civis. Segundo o Parlamento Europeu, desde
2004 foram mortas entre 2.412 e 3.707 pessoas.
No
continente africano os Drones já foram utilizados nos conflitos da Líbia,
Somália e no Uganda, na RDC foram utlizados para monitorar o acordo de paz na
região de Goma.
Não
existem normas internacionais sobre utilização dos Drones, por esta razão os
estados vão tentado conformar a legislação interna em função do número de
pessoas a utilizar esses aparelhos.
O
Parlamento Europeu aprovou a Resolução (2014/2567/RSP) sobre utilização dos
Drones em cenários de guerra. O objectivo é regular o uso nas operações de
combate, procurando evitar o número elevado de vítimas civis. Por enquanto no
continente africano, os Drones são aparelhos do outro mundo o único receio
sofrer um ataque o estar a ser vigiado sem saber.
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