Belarmino Van-Dúnem
Não há dúvidas que a moda, “algo que seja usado pela maioria das pessoas ou grupos sociais”, movimenta grandes paixões, somas incalculáveis e, em alguns casos, desvirtua as boas maneiras implementadas na sociedade.
A moda é algo que vai do 8 ao 80, desde as calças rotas até ao smoking para os mais formais e retraídos.
Não vão muitos anos, as mulheres estavam na linha da frente no uso da moda, mas, actualmente, os homens também dão o ar da sua graça, seguindo a fluidez da moda.
Até aos finais da década de 60, a moda tinha uma ligação directa com a indumentária que cada um apresentava e, para os mais radicais, o corte do cabelo mais ou menos extravagante. Hoje, a moda passa também pela transformação do próprio corpo: brincos por tudo quanto é sítio “piercing”, tatuagens, ginástica, culturismo, o andar, o olhar, o falar e o gesticular têm que estar “in”; Os rapazes copiam o american life espelhado nos rappers e no hip pop; falam com a boca torta, como se tivessem escapado de um AVC, aliás, esta doença está na moda em Luanda, para confirmar, o senhor leitor veja a página de necrologia do Jornal de Angola, morte súbita para quase todos.
Enquanto os rapazes exageram no tamanho das roupas, as mulheres, claramente, fazem uma poupança de tecido que deixa qualquer um fora do sério. A barriga já há muito tempo que faz parte da coisa pública; os decotes deixaram de existir, porque os seios estão a mercê da vista desarmada. Saias, vestidos e calções? Éh pa… é precisamente essa situação que tem que mudar! As calças, vestuário que a três décadas era usado só por homens, são tão apertadas que para vestir é preciso untar as pernas com banha. Os homens, pelo contrário, agora usam umas calças, que não sei se são calções, tão largas/os que o fundilho arrasta no chão.
Os apêndices oculares ocupam toda a cara ou são exíguos para dar um ar de intelectual.
Tudo isso não faz mal, desde que estejamos na moda, mas existem valores que não podem sair da moda, são eternos, contribuem para o bom funcionamento da sociedade.
Um desses valores é o respeito pelas instituições: Escolas, tribunais, instituições públicas e de prestação de serviço público, igrejas e demais.
Ninguém tem o direito de usurpar à atenção do professor (a) quando o dever deste (a) é orientar o saber. Não se pode raciocinar em condições quando ao redor as pessoas procuram despertar os instintos humanos mais íntimos.
O que o indivíduo diz fica esvaído pela atenção que a sua aparência desperta. Talvez poucos concordem com essa posição, mas vejamos: Imagine uma viúva que reclama os seus direitos com relação aos bens deixados pelo defunto: Um ano depois apareça grávida, choramingando e lamuriando que não esqueceu o grande amor da sua vida, o defunto.
Se o defunto já não usufrui dos seus direitos maritais mais sagrados como é que ela se encontra naquele estado? A reclamação dos seus direitos é legítima, mas a forma como se apresenta é completamente descabida para provar o seu lamurio.
O advogado que vá defender uma cliente que recebeu ordem de despejo por mau uso da habitação, se esta aparecer perante o juiz com uma saia daquelas que não tapam nada, pode confirmar a tese do senhorio, por outro lado, o juiz pode supor que a advogado está a receber em espécie… e o caso está perdido.
Talvez alguém me chame de machista, não sou. Sou africano e o pudor é um valor que faz parte da educação, até porque a luta contra o assédio sexual é uma das bandeiras actuais das sociedades hodiernas. Mas se passarmos a vida a despertar os instintos humanos mais íntimos, o assédio continuará do masculino para o feminino e vice-versa.
É necessário se adequar às circunstâncias. A moda incomoda ou não incomoda? Talvez incomode a todos aqueles que não estão na moda.
1 comentário:
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