Por: Belarmino Van-Dúnem
A expansão teve como consequência a planetarização. Mas a imprensa inventada por Johannes Gutenberg, em 1455 na Alemanha, representa a universalização da cultura e do saber. O conhecimento deixou de ser exclusivo de uma pequena elite privilegiada e passou a ser democratizado. O monopólio do saber, por parte da igreja, da monarquia e da elite que os rodeava terminou e, consequentemente, o exclusivo da informação também desapareceu.
A transmissão de ideias, conhecimentos, cultura e dos valores, hábitos e costumes a ela subjacentes, tal como do saber ser e estar passaram a ter uma difusão mais rápida e abrangente. A imprensa é uma das maiores invenções que a humanidade já conheceu, de tal modo que o grande teórico da comunicação, Marshall Mcluhan, na sua distinção dos estádios de desenvolvimento dos media designa a imprensa como a «galáxia de Gutenberg». É na sociedade da galáxia de Gutenberg que emerge a mecanização da escrita e tudo começou com a reprodução da Bíblia Sagrada.
A rádio, para além de encurtar a distância, democratizou ainda mais o saber e a informação. A invenção e popularização deste aparelho deu início à era da comunicação oral. A rádio possibilitou à todos os indivíduos ligados a emissão, ter acesso a mesma informação, no mesmo espaço de tempo e da mesma forma, deste modo deixou de existir o exclusivo da informação, independentemente da raça, cor, sexo, classe social, bairro, município, país ou continente, desde que o individuo se encontre ligado à emissão, a informação é a mesma.
Com aparecimento da rádio começou tabém a homogeneização da sociedade. O comércio se incorporou nas emissões, a publicidade e a propaganda passaram a ser utilizadas para impor vontades, hábitos e costumes aos cidadãos.
Mas, a grande revolução na comunicação surgiu com a popularização da televisão, como o próprio nome indica «tele + visão», ver de longe. As pessoas, para além de ouvirem, também vêem. A palavra é relegada para o segundo plano em detrimento da imagem. O locutor tenta comentar as imagens, mas, por sua vez, o telespectador segue ao mesmo tempo, podendo assim ter uma sensibilidade diferente em relação às mesmas.
Com o início das transmissões via satélite, os factos que pareciam estar distantes, passaram a ser constantes. Através da televisão, o telespectador consegue acompanhar e conviver com acontecimentos que ocorrem no seu bairro, cidade, município, país, região, continente e do mundo de uma forma geral. Mas, a televisão, a rádio e a imprensa escrita não obedecem apenas ao critério de informar e entreter o indivíduo, estão sempre ao serviço de um grupo específico ou de uma determinada ideologia e/ou interesse.
Existe um conjunto de esquemas montados que têm como função fazer o telespectador crer que aquilo que vê é a verdade, em muitos casos, aplica-se uma transformação ou deformação da imagem para atingido os fins preconizados, "...não se vê o que é, vê-se o que não é, e assim, o que não é, é (trata-se de uma calunia ignóbil) e o que é, não é...".
Apesar da revolução que a televisão, a rádio e a imprensa escrita imprimiram na vida das pessoas, tanto ao nível da informação como da formação, actualmente, o media que lidera o fornecimento de informações é o computador através da Internet.
Esta nova forma de comunicação permite ter literalmente o mundo nas mãos. O computador possibilitou a globalização com características que nunca existiram na comunicação. A Internet, para além de informar, permite ao utilizador fazer o envio de informações.
Durante a vigência dos outros media, o indivíduo era passivo, limitava-se a ouvir e a ver. Com o computador passa a existir uma interactividade. A Internet fez as coisas mudarem de figura, o utilizador faz a selecção das informações e fornece produtos individualizados, quer dizer, a informação não tem um só sentido, consoante os objectivos e as necessidades do utilizador, este faz as suas escolhas na Net. A Internet é uma espécie de «suma teológica» de S. Tomás de Aquino, contem tudo que o Homem precisa saber.
A grande revolução está na lógica da Internet: receber e enviar informações sem controlo e de forma circular. Esta lógica de funcionamento faz com que o controlo e a atribuição de responsabilidades sejam impossíveis. Estando em interactividade, o indivíduo fica exposto à todo tipo de informação e de desinformação, podendo enviar o que bem entender. O utilizador está submetido à uma ditadura da informação. Acabando mesmo por ficar sem informação, isto é, o indivíduo desinforma-se por excesso de informação, com o livro ou jornal, rádio e mesmo com a televisão este problema não se colocava.
A interactividade é feita num mundo a parte que nada ou pouco tem de similar com a vida real. O ciberespaço, para além de se fazer a interactividade fora do mundo real, tem servido para o desenvolvimento de actividades socialmente reprováveis: tráfico de drogas, de crianças e mulheres para a prostituição, pedofilia, burla, plagio, charlatanismo, injuria, calunia, abusos de confiança, terrorismo, crimes financeiros etc.
O Presidente Obama chegou a propor a atribuição de um número para cada utilizador da Web para um melhor controlo do uso da internet. Mas o que me deixa boquiaberto é o facto de, entre nós, existir uma corrente de opinião que resiste contra a criação de leis preventivas que permitam responsabilizar aqueles que fazem mau uso dos media, claro puni-los para reposição da sã convivência e vivencia na sociedade. Porque assim há mais evolução, mais perigo e menos responsabilidade.
A expansão teve como consequência a planetarização. Mas a imprensa inventada por Johannes Gutenberg, em 1455 na Alemanha, representa a universalização da cultura e do saber. O conhecimento deixou de ser exclusivo de uma pequena elite privilegiada e passou a ser democratizado. O monopólio do saber, por parte da igreja, da monarquia e da elite que os rodeava terminou e, consequentemente, o exclusivo da informação também desapareceu.
A transmissão de ideias, conhecimentos, cultura e dos valores, hábitos e costumes a ela subjacentes, tal como do saber ser e estar passaram a ter uma difusão mais rápida e abrangente. A imprensa é uma das maiores invenções que a humanidade já conheceu, de tal modo que o grande teórico da comunicação, Marshall Mcluhan, na sua distinção dos estádios de desenvolvimento dos media designa a imprensa como a «galáxia de Gutenberg». É na sociedade da galáxia de Gutenberg que emerge a mecanização da escrita e tudo começou com a reprodução da Bíblia Sagrada.
A rádio, para além de encurtar a distância, democratizou ainda mais o saber e a informação. A invenção e popularização deste aparelho deu início à era da comunicação oral. A rádio possibilitou à todos os indivíduos ligados a emissão, ter acesso a mesma informação, no mesmo espaço de tempo e da mesma forma, deste modo deixou de existir o exclusivo da informação, independentemente da raça, cor, sexo, classe social, bairro, município, país ou continente, desde que o individuo se encontre ligado à emissão, a informação é a mesma.
Com aparecimento da rádio começou tabém a homogeneização da sociedade. O comércio se incorporou nas emissões, a publicidade e a propaganda passaram a ser utilizadas para impor vontades, hábitos e costumes aos cidadãos.
Mas, a grande revolução na comunicação surgiu com a popularização da televisão, como o próprio nome indica «tele + visão», ver de longe. As pessoas, para além de ouvirem, também vêem. A palavra é relegada para o segundo plano em detrimento da imagem. O locutor tenta comentar as imagens, mas, por sua vez, o telespectador segue ao mesmo tempo, podendo assim ter uma sensibilidade diferente em relação às mesmas.
Com o início das transmissões via satélite, os factos que pareciam estar distantes, passaram a ser constantes. Através da televisão, o telespectador consegue acompanhar e conviver com acontecimentos que ocorrem no seu bairro, cidade, município, país, região, continente e do mundo de uma forma geral. Mas, a televisão, a rádio e a imprensa escrita não obedecem apenas ao critério de informar e entreter o indivíduo, estão sempre ao serviço de um grupo específico ou de uma determinada ideologia e/ou interesse.
Existe um conjunto de esquemas montados que têm como função fazer o telespectador crer que aquilo que vê é a verdade, em muitos casos, aplica-se uma transformação ou deformação da imagem para atingido os fins preconizados, "...não se vê o que é, vê-se o que não é, e assim, o que não é, é (trata-se de uma calunia ignóbil) e o que é, não é...".
Apesar da revolução que a televisão, a rádio e a imprensa escrita imprimiram na vida das pessoas, tanto ao nível da informação como da formação, actualmente, o media que lidera o fornecimento de informações é o computador através da Internet.
Esta nova forma de comunicação permite ter literalmente o mundo nas mãos. O computador possibilitou a globalização com características que nunca existiram na comunicação. A Internet, para além de informar, permite ao utilizador fazer o envio de informações.
Durante a vigência dos outros media, o indivíduo era passivo, limitava-se a ouvir e a ver. Com o computador passa a existir uma interactividade. A Internet fez as coisas mudarem de figura, o utilizador faz a selecção das informações e fornece produtos individualizados, quer dizer, a informação não tem um só sentido, consoante os objectivos e as necessidades do utilizador, este faz as suas escolhas na Net. A Internet é uma espécie de «suma teológica» de S. Tomás de Aquino, contem tudo que o Homem precisa saber.
A grande revolução está na lógica da Internet: receber e enviar informações sem controlo e de forma circular. Esta lógica de funcionamento faz com que o controlo e a atribuição de responsabilidades sejam impossíveis. Estando em interactividade, o indivíduo fica exposto à todo tipo de informação e de desinformação, podendo enviar o que bem entender. O utilizador está submetido à uma ditadura da informação. Acabando mesmo por ficar sem informação, isto é, o indivíduo desinforma-se por excesso de informação, com o livro ou jornal, rádio e mesmo com a televisão este problema não se colocava.
A interactividade é feita num mundo a parte que nada ou pouco tem de similar com a vida real. O ciberespaço, para além de se fazer a interactividade fora do mundo real, tem servido para o desenvolvimento de actividades socialmente reprováveis: tráfico de drogas, de crianças e mulheres para a prostituição, pedofilia, burla, plagio, charlatanismo, injuria, calunia, abusos de confiança, terrorismo, crimes financeiros etc.
O Presidente Obama chegou a propor a atribuição de um número para cada utilizador da Web para um melhor controlo do uso da internet. Mas o que me deixa boquiaberto é o facto de, entre nós, existir uma corrente de opinião que resiste contra a criação de leis preventivas que permitam responsabilizar aqueles que fazem mau uso dos media, claro puni-los para reposição da sã convivência e vivencia na sociedade. Porque assim há mais evolução, mais perigo e menos responsabilidade.
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