sexta-feira, 24 de abril de 2009

A POLÍTICA EXTERNA ANGOLANA NA AGENDA NACIONAL DE CONSENSO

A POLÍTICA EXTERNA ANGOLANA NA AGENDA NACIONAL DE CONSENSO

Por: Belarmino Van-Dúnem*

A Agenda Nacional de Consenso é um dos únicos documentos que contém os objectivos e as estratégias de desenvolvimento de Angola nas mais diversas áreas. O mesmo assume uma grande relevância porque foi amplamente debatido e divulgado por todas as franjas da sociedade angolana, por conseguinte é por ele que o cidadão deverá informar-se sobre a estratégia que se pretende seguir para a afirmação de Angola no domínio interno e externo.
No que concerne a política externa, a Agenda Nacional de Consenso defende os princípios gerais do ordenamento jurídico internacional estipulados pela ONU e pela União Africana. O respeito pela soberania dos Estados, o desenvolvimento de relações pacíficas e o respeito pelos direitos humanos aparecem na base das relações de Angola com outros Estados soberanos.
O domínio regional é o item mais desenvolvido e apresenta um conjunto de estratégias concretas de acção. Neste âmbito Angola pretende se afirmar como um parceiro económico privilegiado, permitindo a sua inserção na economia mundial. A participação activa nas questões relacionadas com a integração regional na África Austral a nível da SADC, na África Central (CEAAC), na região do Golfo da Guiné e a continuidade das relações no seio da CPLP aparecem como prioridades.
Nestas regiões do continente, Angola pretendo ser um “Estado respeitado pelos seus vizinhos e parceiros e com influência e responsabilidade na manutenção da paz e da estabilidade política e social”. A política de não permissão de instalação de bases militares estrangeiras no território nacional aparece como uma forma de continuar a garantir a independência e a soberania nacional.
O apoio aos grupos empresariais nacionais que operam para alem das fronteiras nacionais, o desenvolvimento de estratégias que vissem a afirmação do país no mercado mundial, o estabelecimento de parcerias com as organizações e blocos económicos regionais, o aproveitamento das sinergias provenientes das comunidades angolanas residentes no estrangeiro e de outras comunidades do mundo são as estratégias que o país deverá seguir para se afirmar na arena internacional.
Angola deverá aumentar a sua participação no mercado mundial de energia, diversificar e conquistar novos nichos de mercado no comércio mundial, participando no seio das Organizações e Instituições que intervêm no Comercio Internacional. Para tal irá Promover, incentivar e apoiar instituições nacionais vocacionadas para a realização de estudos e análises sobre questões de interesse nacional e internacional que permitam ao Estado o conhecimento antecipado e adequado de assuntos relevantes para o crescimento e desenvolvimento do país.
A política externa do Estado é inevitável porque se um Estado não tiver um conjunto de objectivos e estratégias para agir fora das suas fronteiras acaba por sofrer as consequências das políticas externas que outros Estados estabelecem para si. Portanto, a Agenda Nacional de Consenso é um subsídio importante de orientação para acções fora das fronteiras nacionais.
Neste momento crucial para o desenvolvimento e consolidação da paz em Angola é necessário que os angolanos encontrem uma plataforma comum que possa convergir as suas sinergias independentemente da sua tendência política, confecção religiosa ou outros princípios pessoais/colectivos. A Agenda Nacional de Consenso propõe o concurso de todos angolanos por “UMA ANGOLA MELHOR”.
*Professor Universitário e Analista de Política Internacional

3 comentários:

Anónimo disse...

Professor, Chamo-me Akimi Chaves e sou aluno de Graduação em Relações Internacionais, estou no ultimo ano, aqui no Brasil e a minha monografia estou defendendo a "Politica Externa Angolana" eu nunca ouvi falar sobre esta Agenda Nacional de Consenso nem o Dominio Regional, gostaria de adquirir este material para que eu posso estuda-la e defender a minha monografia dentro destes assuntos...meu email:akimirj@ig.com.br

Anónimo disse...

coordiais saudações de acordo com a hora em que leres o meu comentário sou o António Paciência, aluno do ensino médio e defenderie no fim do meu curso um tema relacionado a relações internacionais intitulado Política Externa de Angola, queria que o senhor professor me guia_se mesmo a distância me indicando quais as verdadadeiras fontes para investigação quando estiver a falar de Política Externa de Angola no período de 1992 a 2010, comtando com os antecedantes, o meu email:antoniopaciencia23_2011@hotmail.com

Anónimo disse...

A política externa do Estado é inevitável porque se um Estado não tiver um conjunto de objectivos e estratégias para agir fora das suas fronteiras acaba por sofrer as consequências das políticas externas que outros Estados estabelecem para si. concordo plenamente com Vexa. sme um conjunto de bojectivos para agir fora das nossas fronteiras teremos que nos sujeitar as dos outros estados. "EDGAR MOTA LEMOS"