segunda-feira, 16 de março de 2009

SE MOBUTU ESTIVESSE VIVO ESTARIA CONTENTE!

SE MOBUTU ESTIVESSE VIVO ESTARIA CONTENTE!

Por: Belarmino Van-Dúnem

O Primeiro-ministro, Antoine Gizenga, indigitado pelo Presidente Joseph kabila, apresentou na segunda-feira passada o novo governo da RDC marcado por uma larga coligação que apoiou Kabila na segunda volta das eleições.
O número de membros do governo é gigantesco, a semelhança do território congolês, 60 ministro entre os quais 9 são mulheres.
6 ministros de Estado, 34 ministros e 20 vice-ministros é a estruturação do governo de Gizenga (com 81 anos de idade) apresentado ao Presidente da Republica da RDC, Joseph Kabila, depois de praticamente um mês de consultas com os partidos da aliança para a maioria presidencial.
Os integrantes do partido do presidente ficaram com as pastas da defesa e da reconstrução, enquanto os lugares de ministros do Estado estão compostos pelos partidos aliados.
Mobutu, Este no nome não é estranho, nem para os congoleses nem para a maioria das pessoas que seguem a politica africana e internacional de forma geral. É verdade, este nome é o segundo no protocolo do actual governo da RDC apresentado no dia 5 de Fevereiro de 2007 pela televisão congolesa. François Joseph Nzanga Mobutu, presidente da União dos Democratas Mobutistas (Udemo) e filho do antigo ditador zairense foi nomeado ministro do Estado para Agricultura, alegria para os mobutistas e tristeza para uma grande parte dos congoleses que queriam a todo custo esquecer os anos de ditadura do criador da antiga nacionalidade zairense.
Foi uma grande recompensa ao seu partido uma vez que não teve grande influência na reeleição de Kabila na segunda volta. Nzanga Mobutu, que fez uma campanha colada ao nome que carrega, com slogans como “Mobutu não morreu” ou “Mobutu pai da nação congolesa” dá um passo rumo a uma carreira politica com peso no país.
O Ministério do interior, um dos sectores mais importantes para continuidade do processo de paz e reconstrução nacional, foi entregue ao General Denis Kalume Numbi tido como próximo do presidente da república. Os negócios estrangeiros estão sob responsabilidade de Antipas Mbusa Nyamwisi, presidente do partido Forças do Renascimento (FR).
Recorde-se que as eleições legislativas e presidenciais realizadas em 2006 na RDC são consideradas históricas por serem as primeiras consideradas livres e justas em 41 anos de independência daquele país africano, obtida em 1960 da antiga potencia colonizadora Bélgica. Mas também foram as eleições mais caras de todos os tempos no orçamento das Nações Unidas.

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